Novo Curso Obrigatório para Trabalhadores Estrangeiros em Malta: O que Muda a Partir de 2026

A partir de 5 de janeiro de 2026, Malta implementará uma mudança significativa no processo de migração laboral para cidadãos de países terceiros (TCNs). Todos os estrangeiros que desejam trabalhar no país deverão concluir um curso de integração no valor de € 250, antes mesmo de viajar.

A novidade tem gerado grande debate no país e entre empregadores que dependem de mão de obra internacional.

Neste artigo, você confere os principais pontos da nova exigência e entende como ela poderá afetar trabalhadores, empresas e o futuro da mobilidade laboral em Malta.

Por que Malta está exigindo o curso?

O governo maltês afirma que o objetivo é garantir que os novos residentes estejam mais preparados para viver e trabalhar no país. A medida faz parte de um esforço mais amplo de organização do fluxo migratório, aumento da qualidade da integração social e melhoria das condições de trabalho.

O curso pretende fornecer aos candidatos uma compreensão sólida dos direitos e deveres no ambiente profissional, além de introduzir aspectos da cultura e do cotidiano em Malta.

Como funciona o curso de € 250

O programa tem duração aproximada de 20 horas, divididas em dois módulos principais:

• Living and Working in Malta

  Uma introdução à vida em Malta, costumes, sistema de governo, regras sociais e aspectos gerais do dia a dia.

  
  

• Rights and Obligations at the Workplace

  Um módulo focado em legislação trabalhista, responsabilidades do empregado e do empregador e boas práticas no ambiente de trabalho.

O conteúdo será oferecido de forma online, por meio de vídeos, leituras e exercícios interativos. Os candidatos terão até 42 dias para concluí-lo.

Ao final, será necessário passar por uma avaliação e por uma entrevista ao vivo de aproximadamente 20 minutos, que também verificará o nível de inglês do participante.

Treinamento extra para trabalhadores de baixa qualificação

Para funções classificadas como low-skilled, o governo introduziu um treinamento adicional, mais extenso, com duração de 40 a 42 horas. Esse curso aborda temas como:

• história e cultura de Malta

• integração social

• legislação local

• educação financeira

• alfabetização digital

• aulas de inglês e maltês

• normas de higiene e limpeza

• moradia e regras de convivência

  
  

O objetivo é fortalecer a capacidade de adaptação desses trabalhadores e facilitar sua permanência no mercado maltês.

Trabalhadores que fizerem essa rota poderão renovar sua permissão por até dois anos, pagando uma taxa anual de € 150.

Impactos esperados para trabalhadores e empresas

Para trabalhadores

• O processo se torna mais longo e mais caro.

• Exige planejamento prévio e domínio básico de inglês.

• Em compensação, aumenta a chance de adaptação e entendimento dos direitos no país.

Para empregadores

• As empresas deverão se organizar com antecedência, já que novos empregados precisarão concluir o curso antes da chegada.

• Espera-se uma mão de obra mais informada sobre normas e boas práticas — o que tende a reduzir conflitos trabalhistas e problemas de integração.

  
  

Como essa mudança pode influenciar a migração para Malta?

A exigência fortalece o controle migratório e tende a elevar o nível de preparação dos candidatos. Contudo, também pode reduzir o interesse de alguns trabalhadores, especialmente aqueles com recursos financeiros limitados.

Ainda assim, para empresas que buscam estabilidade e redução de rotatividade, o novo sistema pode trazer benefícios relevantes.

O novo curso obrigatório para trabalhadores estrangeiros marca uma mudança profunda na política migratória de Malta. Ao exigir capacitação prévia, o país busca melhorar a integração social, elevar o nível de profissionalismo e criar um ambiente laboral mais seguro e organizado.

Para quem pretende trabalhar ou contratar em Malta, entender essas regras desde já é fundamental para evitar surpresas e garantir um processo de relocação mais eficiente.

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Fonte: Times Malta

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