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De volta para o intercâmbio, Carolina Sevilhano revive seu High School canadense depois de 20 anos

A Diretora da Just Alphaville, Carolina Sevilhano, visita sua escola e família hospedeira do intercâmbio no Canadá e conta em detalhes sobre essa experiência.

Em dezembro de 2022, a diretora da Just Alphaville, Carolina Sevilhano, teve a oportunidade de reviver um dos momentos mais marcantes de sua vida: o seu High School. Ela retornou para Winnipeg, no Canadá, e visitou a escola onde estudou na adolescência e reviu sua família hospedeira. Aproveitamos este momento para fazer algumas perguntas e descobrir um pouco mais sobre como foi relembrar os bons momentos do seu intercâmbio.


Como foi para você decidir que gostaria de fazer intercâmbio, e especialmente o High School, que é um programa mais "intenso"?

Fazer High School era um sonho que eu tinha desde pequena. Quando eu tinha entre 8 e 10 anos, vi as minhas primas que eram mais velhas indo fazer intercâmbio nos Estados Unidos então decidi que um dia seria minha vez!



Dentre tantos destinos, o Canadá foi o seu escolhido para viver essa experiência. Por que?

A minha primeira opção era a Austrália! Infelizmente, a Austrália ainda não era um destino muito popular na época, as opções eram bem limitadas. Todas as minhas amigas que também estavam indo fazer intercâmbio na mesma época tinham escolhido ir para os Estados Unidos, mas eu queria algo diferente. Foi então que surgiu a oportunidade do Canadá! Comecei a pesquisar sobre o país, gostei e achei que seria uma experiência diferente.


Como foi quando você chegou na escola pela primeira vez? O que sentiu?

Foi estranho e um pouco solitário, mas tinha um sentimento de realização. Você acha que vai ser a novidade da escola por ser intercambista, mas na verdade você é como qualquer outro estudante começando o ano letivo... Me senti perdida no primeiro dia pois o sistema é totalmente diferente. Eu tinha que mudar de sala de aula em cada matéria, eram 4 aulas diferentes por dia! Mas ao mesmo tempo, as pessoas foram solícitas quando eu precisei e pedi ajuda!


O que mais te marcou na sua escola, uma lembrança que sempre vem à tona quando pensa nela?

Minhas aulas de história! A minha turma estava estudando a história do Canadá, algo totalmente novo, que não aprendemos no nosso sistema de ensino no Brasil. Literalmente, peguei o bonde andando. Para ajudar, o meu professor tinha um bigode que cobria a boca, e eu com o meu inglês de recém chegada, não entendia nada do que ele falava!!!


E agora sobre sua família hospedeira. Vocês possuem uma relação muito próxima até hoje, certo? O que você acha que aconteceu para terem essa ligação forte até agora?

Sim, até hoje, são minha família! Desde que voltei de intercâmbio, já havia me encontrado com eles algumas vezes. E agora no final do ano, tive a oportunidade de passar uma semana na casa deles, na cidade onde morei, em Balmoral. E já estamos planejando o próximo encontro!!!

Eu fui muito bem acolhida e eles me tratavam exatamente igual aos próprios filhos, tenho um sentimento de gratidão imenso por eles. Claro que como em todas famílias, às vezes havia desentendimentos, faz parte. Mas até isso também serviu para fortalecer nossa relação!



Qual o momento mais marcante que viveu com eles?

Fomos para Banff, uma região de montanhas e estações de ski no Canadá. Eu nunca tinha esquiado antes. Sem fazer qualquer aula ou treinar antes, eles me colocaram no lift que ia até uma das montanhas mais altas, para ver a vista lá de cima.

Para começar, claro que eu já desci rolando do lift! Então meu pai começou a me explicar o que eu tinha que fazer para descer esquiando, mas vendo aquela ladeira de neve abaixo, eu estava morrendo de medo e travei. Depois de algum tempo, ele perdeu a paciência e me largou no meio da pista. Eu tentei descer, claro que cai, então tirei o ski e desci a montanha andando. Todo mundo que estava subindo pelo lift começou a gritar porque eu estava descendo a pé, foi uma vergonha!!! Uma hora depois eu cheguei na base da montanha e lá estavam eles rindo de mim… hoje é uma história da qual todos rimos quando lembramos!


Mesmo depois de anos vocês continuam se encontrando sempre que possível. Como são estes encontros?

Assim como eu, eles gostam muito de viajar, o que facilita! Na primeira vez, a família inteira veio para o Brasil e fomos para o Rio de Janeiro, Salvador e Morro de São Paulo. Alguns anos depois, meus pais queriam conhecer a Argentina, então passei uns dias com eles em Buenos Aires. Em 2017, os meus pais vieram novamente para o Brasil, para o meu casamento. E agora, eu fui visitá-los na cidade onde morei. Neste ano, estão planejando uma viagem para Bahamas e já me convidaram para encontrá-los de novo.



O que mudou na relação de vocês desde a primeira vez em que se encontram até a última vez que se viram?

O que mudou é que agora eu não tenho mais que obedecê-los kkk. Brincadeira! O sentimento de família ainda é o mesmo, eles me consideram uma filha, eu os considero meus pais, mesmo depois de tantos anos. Depois de passar alguns dias com eles na nossa rotina de família, parece que nada mudou.


Por fim, gostaria de que comentasse como essa experiência mudou a sua vida.

Ah, o intercâmbio foi um divisor de águas na minha vida. Mudou muita coisa, mudou tudo! Me fez amadurecer, ser mais paciente e tolerante, respeitar mais outras opiniões, ser menos egoísta, dar mais valor para o que eu tinha, mudou a carreira que eu queria seguir!


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